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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Na onda dos notebooks



As vendas de laptops crescerão 40% em 2010 e ultrapassarão pela primeira vez a de desktops

Eles são leves, livres e soltos. Mas, até pouco tempo atrás, eram objetos que só os endinheirados podiam comprar. Prestou atenção no verbo? Não são mais. Em 2010, as vendas de notebooks crescerão 40%. A estimativa de consultorias de tecnologia é de que sejam comercializados 6,5 milhões de unidades no Brasil. E, com esse resultado, os portáteis vão superar os PCs de mesa, conhecidos também como desktops, pela primeira vez na história. A explicação para este fato reside em um conjunto de fatores. Um deles é a concessão de incentivos fiscais, que deixaram o equipamento mais barato. O aumento do número de fabricantes acelerou a concorrência. Em 2005, havia 15 empresas. Hoje, são 24. E a expansão do crédito ajudou a classe C a adquiri-los. “O consumidor olha o valor da prestação e ela agora cabe no bolso”, diz César Aymoré, diretor de marketing da Positivo.

E a competição vai ficar ainda mais acirrada. A Acer, segundo maior fabricante de PCs do mundo, tem uma estratégia para tentar chegar à liderança do segmento de notebooks. Ela só vai fabricar os portáteis no Brasil e está atuando agressivamente na questão preço. Netbooks da marca, modelo menor e com configuração mais simples para acessar a internet e usar aplicativos básicos, chegaram a ser comercializados por R$ 800 em promoções de varejistas no final de 2009. A coreana Samsung, que já importa o equipamento, promete a produção de laptops nacionais para o primeiro trimestre de 2010. E Positivo, HP e Dell, que também estão entre os maiores fabricantes do mercado brasileiro, preparam seus modelos e suas estratégias. “Queremos crescer acima da média do setor e ganhar participação de mercado”, afirma Cláudio Raupp, vice-presidente do grupo de sistemas da HP.


A Positivo, líder do segmento de computadores pessoais brasileiros, ampliou a capacidade produtiva de sua fábrica, em Curitiba, de 240 mil para 330 mil unidades por mês. E a Dell diz que há tempos vende mais laptops do que desktops no Brasil. “Quem usava equipamentos da empresa no trabalho comprou um notebook para suas casas”, diz Fábio Lemos, gerente de marketing da companhia. Os modelos mais baratos são os da categoria netbooks. Menores e com configurações mais simples, eles são indicados para quem quer apenas acessar a internet e usar aplicações básicas, como processador de texto ou planilha de cálculo. É possível encontrar
modelos por menos de R$ 1.000. Os notebooks mais avançados têm custo entre R$ 2.000 e R$ 4.000. Neste caso, o consumidor vai adquirir um equipamento com grande poder de processamento e capacidade de armazenamento, para guardar suas músicas e filmes.


Com todos estes atrativos, o computador de mesa está a caminho da extinção? Os fabricantes acreditam que não. Em primeiro lugar, ele terá ainda muito espaço no ambiente corporativo. Mas, principalmente, o desktop está cada vez mais parecido com os notebooks. A tendência agora são as máquinas “tudo-em-um”. Mais finos e com design arrojado, estes equipamentos são capazes de se transformar em uma central multimídia, controlando a tevê e o som de uma residência. “Muitas casas ainda não têm um computador”, diz Aymoré, da Positivo. Com tudo isso, o Brasil deve chegar ao final de 2010 como o terceiro maior mercado de PCs do planeta, atrás dos Estados Unidos e China e na frente de Alemanha e Japão.


Por Ralphe Manzoni Jr., IstoÉ Dinheiro

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