Sempre trato sobre estratégias digitais e uma das principais tendências é o crescimento das ações de mobile marketing, visto que hoje 170 milhões de brasileiros têm celulares e 18 milhões acessam a web por eles, sendo que quase cinco milhões, via tecnologia 3G. Esse é um caminho sem volta, mesmo que quase 80% da base sejam de pré-pagos, o que dificulta muitas ações, os números ainda são bastante significativos.
Deve-se destacar o desenvolvimento de aplicativos, principalmente para iPhone, da Apple. Podemos citar exemplos, como a cerveja Heineken, no qual é possível localizar bares próximos, ou a construtora Tecnisa, no qual é possível checar imóveis, acessar mapas e detalhar a rota até essas unidades. Seguem na mesma linha aplicativos criados pela SulAmérica e Bradesco Seguros. Outro caso foi feito pela Nestlé, que disponibiliza até três mil receitas culinárias aos seus clientes.
Embora os números ainda sejam pequenos diante do volume total de celulares, pois a quantidade de iPhones no país é estimada em torno de 300 a 800 mil, nesses casos, o que vale mesmo, no caso dessas grandes marcas, é sair na frente e demonstrar sintonia com as novas tendências.
A grande vantagem desse tipo de publicidade é chegar, literalmente, às mãos do consumidor, estar onde ele está. Dentro dessa perspectiva, tem-se evoluído para a utilização das ferramentas de localização e direcionando ofertas de acordo com a região onde o usuário está.
No mundo, em 2008, essa modalidade de marketing resultou em 2,7 bilhões de dólares e há estimativas de que até 2011 se expandirá para 12 bilhões de dólares. No Brasil esse número é bem menor, por volta de dez milhões de reais, ou 0,1 % de todo mercado publicitário, isso se deve ao fato de tanto agências, como profissionais, muitas vezes optarem por ações mais amplamente testadas. Apesar disso, as previsões indicam que 2010 será o ano do mobile marketing no país.
Além das ações de publicidade, feitas via SMS ou via aplicativos, tem-se observado um crescimento para outros usos como treinamento de equipes de vendas, como fez a ‘Natura’, com um game onde as consultoras respondiam qual o melhor tipo de produto para certo tipo de cabelo. Outro caso foi uma campanha de incentivos, feita pela Brastemp, em que a equipe recebia um SMS informando quantos itens já tinham sido vendidos e quantos faltavam para subir no ranking.
Esses são alguns exemplos de como essa ferramenta, cada vez mais presente na vida das pessoas pode colaborar de diferentes formas para o sucesso das empresas.
Por Sandra Turchi.
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