O primeiro semestre de 2009 apontou crescimento de 27% nos negócios via Web no Brasil, em relação ao mesmo período do ano anterior. Registros mostram R$ 4,8 bilhões em negócios
O comércio via Internet no Brasil saltou 27% no primeiro semestre de 2009. Os números são da última edição da pesquisa Webshoppers, realizada pela empresa EBit, com apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (câmara-e.net) que aponta números específicos do chamado e-commerce no País. São mais de 7,5 milhões de questionários no banco de dados.
O volume de negócios via Web atingiu R$ 4,8 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, contra R$ 3,8 bilhões em igual período em 2008. O tíquete médio, ou seja, quanto se gasta em cada compra, alcançou R$ 323 por consumidor.
O valor é considerado alto e mostra avanço das vendas de produtos de maior valor agregado, como eletroeletrônicos. A expectativa é que 2009 feche com um volume de R$ 10,5 bilhões em vendas online. Mesmo com os efeitos da crise batendo à porta, o setor de vendas por Internet cresceu 50% em junho em comparação a abril e maio. O segredo está nas reduções de Impostos, que privilegiaram produtos de maior destaque na rede. Confiança Entre os produtos mais adquiridos via Internet estão, em primeiro lugar, livros e assinaturas de jornais e revistas, seguidos por artigos de saúde, beleza e medicamentos, logo depois produtos de informática, em quarto lugar eletrodomésticos e na quinta posição itens eletrônicos. O número de consumidores que tiveram pelo menos uma vez a experiência de adquirir um produto via Internet saltou para 15,2 milhões no primeiro semestre de 2009. No ano anterior, este volume era de 11,5 milhões em igual período. O aumento, segundo os organizadores da pesquisa, se deve fundamentalmente pelo crescimento da confiança dos consumidores. De acordo com o Movimento Internet Segura (MIS) e Câmara-e.net, 86% dos brasileiros que utilizaram a Internet para comprar algo estão satisfeitos com os resultados obtidos. A universitária Nádia Nobre adora comprar pela Internet. “Estou sempre me atualizando. Às vezes vejo um produto em algum site e já clico para adquirir lá mesmo. É muito mais cômodo e seguro. Basta seguir algumas normas de segurança que não há problema“. Para o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Fortaleza (Sindilojas), José Cid Alves do Nascimento, o consumo online é um caminho sem volta e que qualquer tentativa de frear este avanço é tolice. “Temos que nos adequar às mudanças, melhorar o atendimento em balcão e também passar a oferecer o serviço como opção“, avalia. No entanto, Alves não acredita que a venda virtual supere a tradicional. “Nada é mais forte que o feeling do bom vendedor. Estes nunca serão suplantados“, aposta. Contudo, o número de pedidos via Web, até o final de 2009, deve ficar em 30 milhões no Brasil, cerca de cinco milhões a mais que em 2008, registrando uma evolução do tíquete médio para R$ 327 por compra.
Por Carlos Henrique Coelho | O Povo online
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