SÃO PAULO – Mais uma vitória da tecnologia. Os e-readers poluem bem menos os livros de papel.
É o que consta no estudo The environmen tal impact of Amazon's Kindle, organizado pela Cleantech. De acordo com Emma Ritch, a coordenadora da pesquisa, não é apenas comprar um e-reader que ajuda o meio ambiente. Mas sim, o fato que leitores digitais substituem a compra de, em média, 22,5 livros.
De acordo com a Cleantech, em 2008, a indústria editorial americana foi responsável pela derrubada de 125 milhões de árvores, além de toda água desperdiçada durante o processo da fabricação de papel e da impressão.
Ainda segundo o estudo, os livros impressos tem a maior pegada de carbono na indústria editorial. A chamada pegada de carbono representa toda a quantidade de CO2 que foi emitida em todo o processo de industrialização do livro e dos componentes dele, como a tinta e o papel.
Além disso, é levado em conta o uso de combustíveis fósseis nos carros e caminhões que fazem o transporte do livro e dos seus componentes. De todos os livros entregues, entre 25% e 36% voltam para o fabricante, gastando ainda mais combustíveis fósseis. Depois disso há três caminhos que podem ser seguidos pelo editor: queimá-los, jogá-los no lixo ou reciclá-los.
Segundo os resultados do estudo, comprar três livros digitais por mês durante quatro anos produziria 168 kg de gás carbônico, comparado a 1 074 kg de CO2 gerados pela compra do mesmo número de livros impressos durante o mesmo período. Para a Cleantech, a adoção de e-readers poderia evitar a emissão de 9 bilhões de quilos de CO2 até 2012.
Isto não significa, no entanto, que o e-readers não causam impacto ambiental. Como todos os produtos eletrônicos, os leitores digitais contém materiais tóxicos e, se não forem descartados da maneira correta, podem causar grandes problemas ao meio ambiente.
Para os ambientalistas, existe uma maneira ainda mais prática, econômica e sustentável para manter a leitura em dia: as bibliotecas públicas.
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