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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Indra expande horizontes e planeja aquisições no Brasil


Com forte apelo em utilities, provedora de serviços de TI busca oportunidades nos setores de finanças, telecom e governo



A provedora de serviços de TI de origem espanhola Indra trabalha para diversificar a base de clientes no Brasil. A companhia quer trazer para sua carteira empresas do setor financeiro, governo e telecom para posicionar-se entre os cinco principais players do mercado dentro de três anos. Na avaliação de Isaac Manuel Barragán Suarez, diretor de utilities para a América Latina, a operação brasileira ainda está numa posição abaixo do potencial de mercado que o País possui na região.

De fato, os negócios no Brasil significam aproximadamente 10% do faturamento da espanhola no mercado latino-americano. As operações no México, Colômbia e Argentina, aparecem a frente nesse ranking de geração de receitas da Indra na região. Para equilibrar tal equação, a empresa baseia suas estratégias em diferenciação e, também, em crescimento inorgânico.

"Estamos analisando possíveis aquisições de empresas brasileiras com perfil parecido com o nosso", revela Suarez, que antes de ser promovido ao posto regional, no início de 2009, era responsável pela operação nacional da companhia. O executivo identifica no crescimento inorgânico uma forma de abrir brechas e penetrar no mercado brasileiro. Ainda não há prazo para que isso ocorra, mas a preferência é que o movimento incorpore um provedor de serviços de TI já com volume considerável de negócios.

Aliás, consolidação não é algo novo à provedora que, até 2006, possuía apenas um contrato no País. A base cresceu no primeiro dia daquele ano com a compra da Soluziona, que agregou tecnologias específicas e uma base considerável de empresas na vertical de utilities à operação local. Atualmente, cerca de 50 clientes - dentre 60 companhias que compõem a carteira por aqui - são do setor de energia, saneamento e abastecimento, que responde por 50% do resultado da Indra no Brasil.

Orgânico
Nesses últimos três anos, a provedora prospectou mercados e cavou oportunidades. Segundo Suarez, os frutos do esforço começam a aparecer. O executivo cita um contrato local de fábrica de software firmado no final de 2008 com o banco Santander. Em um universo que transita entre o financeiro e o governamental, a Indra firmou acordo para implantar um ERP da SAP no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, um projeto de tecnologia para o setor de saúde corre junto ao governo do Acre.

Adicionalmente, a operação latino-americana da provedora acabou beneficiada por um contrato global de manutenção do ambiente SAP na Telefônica pelos próximos cinco anos. O negócio, fechado no primeiro trimestre de 2009, acabará contribuindo com a subsidiária no Brasil. o diretor revela que 70 pessoas serão contratadas para suportar o cliente no País. Um novo escritório deve ser inaugurado nos próximos meses na cidade de São Paulo para acomodar a expansão.

Suarez projeta que os negócios da Indra no Brasil, em 2009, superarão em 20% os resultados do ano anterior. Enquanto isso, o executivo imagina que a região crescerá na casa dos 8% no comparativo anual. A meta é fechar mais dois contratos com o governo e um com um banco até o final do ano. De acordo com o diretor, a América Latina responde por cerca de 10% do resultado global da provedora de serviços de TI que, no primeiro semestre do ano, verificou lucro líquido de 108 milhões de euros.

por Felipe Dreher


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