Se as novas regras forem aprovadas pelo Congresso, a empresa será a única operadora das áreas do pré-sal e terá participação de no mínimo 30% nos consórcios que atuarem na região.
A Petrobras detalhou, nesta terça-feira, o papel que terá na exploração de petróleo do pré-sal. Além dessa discussão das regras, O Brasil ainda tem pela frente o desafio de retirar esse óleo de forma barata e segura.
A Petrobras, que já é grande, poderá ficar maior. Se as novas regras forem aprovadas pelo Congresso, a empresa será a única operadora das áreas do pré-sal e terá participação de no mínimo 30% nos consórcios que atuarem na região.
Há, ainda, proposta para ampliar o capital da empresa, que teria direito de explorar até 5 bilhões de barris.
Os acionistas também poderão injetar dinheiro na companhia. A Petrobras informou que não tem o valor exato dessa operação.
“Os minoritários não terão suas ações diluídas porque, se eles quiserem, eles podem comprar as ações e manter suas ações, e manter sua participação sem diluição nenhuma”, declarou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.
Para se chegar ao motivo de tantas mudanças é preciso atravessar uma lâmina d'água de 2 km e perfurar mais 5 km de rocha. A uma profundidade de 7 km, está o pré-sal.
O petróleo encontrado em três poços é considerado de boa qualidade e pode duplicar as reservas do Brasil.
Mas o professor de geologia alerta: pode não haver petróleo em toda a extensão do pré-sal.
“Há muito que se pesquisar, que se perfurar até que se tenha uma noção mais real da verdadeira quantidade de óleo que é possível encontrar”, declarou o professor de Geologia da Uerj Cláudio Valeriano.
As perfurações indicaram a existência de óleo em oito blocos. Em pelo menos quatro poços não houve sucesso.
No campo de Tupi a extração experimental começou em maio, mas parou em julho por problemas em válvulas, no fundo mar.
O Brasil já tem tecnologia para retirar petróleo do pré-sal, mas esse trabalho ainda está muito longe de ser fácil. Vencer a força da natureza continua sendo um desafio imenso.
Por isso, universidades de todo o país estão pesquisando navios, plataformas, equipamentos, que tornem a extração dessa riqueza mais segura e mais barata.
Uma das dificuldades: manter estáveis as tubulações no fundo do mar. O sal pode se deslocar e fechar o poço perfurado, as brocas têm que ser resistentes para suportar pressão e temperatura muito altas.
“A grande questão aí é como você pode fazer isso de forma mais eficiente ou ao menor custo possível. É o desenvolvimento tecnológico para tornar mais rentável a produção do pré-sal”, declarou o professor da Coppe UFRJ, Alexandre Szklo.
Por Jornal Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário